So far...
Yesterday the 32nd Ig Nobel Prize ceremony took place. The PhD work of Solimary García Hernández won the award in Biology. Her study explored the implications of tail loss in scorpions. Contrary to lizards, when scorpions detach their tail to escape a predation attempt, they lose important body parts, such as the stinger (used to inject venom) and the anus. When this happens, a scar blocks the digestive system, and because the tail does not grow back, tailless scorpions suffer from constipation for the rest of their lives. To understand how scorpions cope with tail loss, we performed several experiments and found that, in the long term, tailless and constipated individuals became slower. Moreover, because it is very hard to paralyze large animals without using venom, tailless scorpions can only capture small preys. Surprisingly, the courtship of males is not affected by tail loss. Females, in turn, give birth to fewer offspring than intact females. So, the hard moments that scorpions face after tail loss are compensated by the extra time they have to reproduce. These findings shed light on the evolution of one of the most extreme and bizarre forms of defenses in nature. We thank everybody that helped us, the funding agencies, and Marc Abrahams, the funny and kind host of the ceremony. To learn more about the Ig Nobel Prize, visit this site. The Ig Nobel Prize was presented by Marc Abrahams and the Nobel Prize in Physics Jerome Friedman, whose findings helped to understand the quark model (please don't ask for more details!). Making of the recording in the SexLab. We thank John Uribe for helping with with the production, photography, recording and "special effects". We also thank Rosannette Quesada Hidalgo for lending her voice for the acceptance speech. We intend to buy a bubblegum with our 10 Trillion Dollars from Zimbabwe!
We now have an English version of the comic book we wrote to talk about the work carried out by Solimary García Hernández during his PhD. The story was written with a lay audience in mind that is interested in science. The final version of the text has been entirely revised and improved with the collaboration of Cara Giaimo, to whom we are very grateful. We hope you enjoy the story.
Treze mulheres e treze homens de quinze instituições de pesquisa e ensino superior se encontraram na Serra da Mantiqueira, de 7 a 14 de agosto de 2022, para estudar a aplicação da estatística ao estudo de populações de organismos vivos na natureza. Esta foi a quinta edição do curso de Introdução à Modelagem Hierárquica (IMH2022), do Programa de Pós-graduação em Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que pela primeira vez foi organizado em colaboração com os Programas de Pós-graduação em Ecologia da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os professores Glauco Machado (USP), Gonçalo Ferraz (UFRGS) e Marcus Vinícius Vieira (UFRJ) foram apoiados pelos monitores Camila de Barros (UFRJ), Diego Zavala (UFRGS) e Fábio Wood (UFRGS). Dezenove estudantes vieram do norte, centro-oeste, sudeste e sul do Brasil; um chegou do Uruguai. O IMH é um curso introdutório que visa a familiarização com a linguagem e com os princípios básicos da modelagem estatística de dados de campo sobre populações de animais e plantas. O conhecimento sobre as populações se baseia em informação biológica obtida por meio de processos de amostragem inevitavelmente imperfeitos. Por isso, a principal contribuição da estatística para o avanço desse conhecimento está em representar e quantificar como a amostragem, hierarquicamente condicionada à realidade biológica, contribui para os padrões observados nos dados. Daí o nome ‘Modelagem Hierárquica’. Uma vez conhecida a contribuição da amostragem para os dados, se torna muito mais viável descrever e quantificar a incerteza sobre o processo biológico. Apesar de o curso não enfatizar instrumentação, nem especialização em um tipo particular de modelo, ele mostra aos estudantes os pontos de contato entre análises de marcação-recaptura, ocupação de sítios e contagem. A rotina didática do curso consistiu em discussão de artigos, complementada com apresentações teóricas pela manhã e exercícios de modelagem e análise de dados pela tarde. Os exercícios foram desenvolvidos no ambiente R com análises em arcabouço Bayesiano. Para acompanhar os exercícios, os estudantes aprenderam a escrever programas de computador simples e a implementar algoritmos numéricos de Markov Chain Monte Carlo no software jags. Durante a noite, os estudantes foram estimulados a apresentar seus projetos de pesquisa para receber críticas e sugestões da audiência. Sete deles se animaram e fizeram uma breve apresentação que foi seguida de uma conversa com colegas, professores e monitores. O IMH2022 teve lugar nas instalações do Instituto Alto Montana da Serra Fina, município de Itamonte, MG, em meio à maravilhosa paisagem da Serra da Mantiqueira, ao requinte culinário da Ísis, da Juliana e do Ricardo, e aos cuidados extraordinários do Paulo Pêgas, Luciana Segantin e toda a equipe de apoio do Instituto. Seria injusto não mencionar as duas gatas que asseguraram serenidade e postura zen ao grupo de trabalho, pela sua presença junto à lareira da sala de aula. Além de se familiarizar com a modelagem estatística, os estudantes conheceram a importância das mensagens de erro do R, os professores sobreviveram às perguntas mais difíceis (pelo menos até à redação deste relato), e a paisagem da serra permaneceu completamente indiferente aos nossos intervalos de credibilidade, à espera de mais uma edição do curso. Excertos de avaliações anônimas do curso pelos estudantes:
“O conteúdo da disciplina foi excelente, a bibliografia indicada é bastante relevante, e o material disponibilizado para a parte prática é muito autoexplicativo, de forma que poderemos revisar tudo com calma quando precisarmos.” “O estímulo à troca de ideias entre participantes com níveis de formação distintos (graduandos, mestres e doutores) foi fundamental para mostrar que todos estavam no mesmo barco.” “Nesse curso, tivemos a oportunidade de estudar em uma reserva sensacional, com uma comida maravilhosa e muitas conversas enriquecedoras. Essa experiência de imersão para estudar modelos hierárquicos foi muito rica.” “O curso foi um divisor de águas para mim. Cheguei (…) incerta sobre permanecer ou não na carreira acadêmica visto a situação degradante que a ciência tem passado, e o futuro cada vez mais incerto para quem está no começo da carreira. No entanto, a experiência foi indescritível, e ter passado por isso ainda nessa fase da carreira foi muito inspirador e gratificante.” |
Sex LabWe use this space to communicate with everyone interested in the activities of our research group. Archives
April 2023
Categories |